No último dia 20 fui cobrir a cabine de imprensa de Batman: A Piada Mortal.

O filme será lançado direto em DVD, Blu-Ray e formato digital dia 2 de agosto; Piada Mortal cartazmas antes disso será exibido na Comic Con San Diego e em várias salas do mundo todo – por apenas uma noite – no dia 25 de julho. Portanto, se quiser assistir, corra para garantir o seu ingresso (no Brasil somente na rede Cinemark).

Nos EUA o filme recebeu classificação Rated e por aqui de 14 anos. Mas quem já está familiarizado com a HQ não é surpresa que a história passa longe de ser para crianças.

Piada Mortal foi lançada em 1988 como uma história “elseworlds”, mesmo assim acabou se tornando uma das tramas mais famosas do homem morcego, influenciando, no seu universo principal, o destino trágico que se acomete à Bárbara Gordon (que não direi aqui, pois muitos podem não ter conhecimento).

O roteiro superficialmente parece mostrar um Coringa querendo afetar o psicológico do Comissário Gordon, porém lendo nas entrelinhas vê-se que seu alvo, na verdade, é o Batman. Usando do argumento que o que separa um homem são de um louco é apenas “um dia ruim”, o vilão comete atrocidades.

O mais interessante dessa obra é o paralelo que é criado entre a história dos dois personagens, como um foi levado pela loucura enquanto outro a superou, ou apenas não tomou consciência dela. E isso fica ainda mais claro na sequência final.

Depois de feita essa “pequena introdução” vamos ao filme.

Ele não trabalha apenas a história da HQ, mas dá uma introdução da relação do Batman com a Batgirl para que alguns fatos da história original fiquem melhor explicados. Tirando isso e algumas cenas de ação, introduzidas para dar mais dinamismo à história,  o quadrinho é seguido a risca. E não só nas falas, mas nas cenas colocadas no exato mesmo ângulo do papel.

Para quem não acompanha quadrinhos talvez o desenho em 2D incomode e até pareça um pouco “mal feito”. Confesso que os personagens em 2D e os fundos em 3D causaram um pouco de incômodo em mim, tirando isso, a produção foi muito fiel a obra original.

Independente do dito acima, a edição é fluida e a intercalação das histórias que são contadas em paralelo é feita de forma agradável, inclusive mudando um pouco a tonalidade da cena para ficar bem claro que se trata de outro período.

As dublagens são dentro do esperado, com qualidade e com vozes que condizem com os personagens sem chamar muito a atenção; mas a cereja do bolo fica com a dublagem do Coringa que é feita por Mark Hamill, o cara não se contenta em ser “apenas” Luke Skywalker, não é mesmo? Tem que prestar bem a atenção para perceber que se trata dele e ainda por cima consegue passar toda a insanidade do personagem pela voz.

Author

Fotógrafa, publicitária, traça de livros e apaixonada por cinema.

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