Aboio

AboioBois que nascem como fios de esperança.

Fiandeiras que parem seus filhos meio bois e meio humanos.

Num pasto verde e também terroso, cantigas e brincantes são apresentados.

Bois que trabalham exaustivamente e bois cuja função simplesmente é manterem-se parados para que a mais bela e suculenta carne seja preparada para a mesa.

O destino de todos: o abate!

Dentro desse universo surge, de forma lúdica, Catirina e os Bois-Bumbá. O encanto e desejo pelas línguas são aguçados: línguas desconhecidas, línguas que se expõem pelos gritos, gradualmente são cortadas, abafadas e silenciadas.

Sinos que anunciam a manada. Saias que dançam suas alegrias. O nascimento, o batismo, a morte e a ressurreição são realizados de forma poética.

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Aboio

Neste mês, o Teatro VI compartilha seu processo de trabalho vivenciado de 2015 a 2016 no curso de teatro da Escola Viva de Artes Cênicas.

A turma focou seus estudos nos conceitos e práticas da atoralidade, da criação coletiva e da condição humana coisificada, entremeados por investigação da cultura brasileira a partir do bumba-meu-boi.

Trata-se de abertura de processo, caracterizando-se em momentos em que o coletivo da escola mostra percursos de trabalho, promovendo relação com o público, entendendo-a como parte fundamental da arte contemporânea a da obra aberta, processual.

Assim, o caráter de “espetacularização” é substituído pelo conceito e prática do encontro, pressuposto fundamental da completude artística. Realizadas a cada módulo, as atividades são essenciais à formação crítica dos aprendizes-artistas.

Teatro VI de Teatro- Escola Viva de Artes Cênicas
Teatro Padre Bento
Outubro 22, 23, 29 e 30
Novembro 5, 6, 12,13, 19, 20, 26, e 27
Sábados às 20h e domingos às 19h
Em caso de chuva a apresentação será cancelada.
Entrada franca.

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Direção e encenação: Eduardo César

Dramaturgia: Eduardo César, Wellington Campos e Turma VI

Textos: Totonha, de Marcelino Freire; Ornitorrinco e Porém, de Sergio Vaz; Já deu, de As Despejadas; Triste, louca ou má, de Francisco, El Hombre; Catirina, de Papete; O touro e o homem, Câmara Cascudo; Governados pelos mortos e A filha da solidão, Mia Couto; Sin city big field, de Mc Xamã; Virgem, de Luiza Romão; Se, de Haroldo de Campos; Da primeira vez em que me assassinaram, de Mário Quintana; Os filhos da Dita, de Grupo Arlequins de Teatro.

Elenco: Bruno Felix, Cris Mota, Diego Pinheiro, Matheus Bortolatto, Matheus Scheneider, Mayane Andrade, Mel Farago, Thiago Silva e Vitor Silva.

Preparação danças brasileiras: Wellington Campos

Aboios e Viola: Mário Cabral

Provocação práxica: Fernanda Carvalho, Fernanda Perniciotti, Lúcia Kakazu, Rodrigo Morais Leite

Fotografia: Marcos Campos e Turma VI

Arte Gráfica: Aldrey Tarrataca

Iluminação: Fernanda Carvalho e Turma VI

Operação de luz: Tirza Araújo

Contrarregragem: Letícia Nuvem e Maciel Ferreira

Coordenação Artístico-Pedagógica: Simone Carleto

Equipe artístico-pedagógica da Escola Viva de Artes Cênicas: Ana Lúcia Gouveia, Bruno Bennedetti, Eduardo César, Estefânia Zonaro, Felipe Cirilo, Fernanda Carvalho, Fernanda Perniciotti, Lúcia Kakazu, Rodrigo Morais Leite, Sandro Coimbra, Simone Carleto e Wellington Campos.

Realização: Escola Viva de Artes Cênicas de Guarulhos, da Secretaria de Cultura de Guarulhos.

Agradecimentos: Ana Maria Quintal, Cia Unó de Teatro, Helena Barros, Isabel Borazanian, José Bezerra, Leandro Pacheco, Lina Nascimento, Lúcia Queiroz, Marcelo Vieira, Marli Zanardi, Núcleo Arranca, Silvana de Paula, Solange de Lima, aprendizes da Turma VII e Dança IV e todos aqueles que investiram, acreditaram e construíram pontes generosas para realização deste trabalho.

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Êêêêêêêê Booooooooooiiiiiii!

Escola Viva de Artes Cênicas de Guarulhos

Criada em 2005 e oficializada pela Lei 6.203/2006, de 18 dezembro de 2006, a Escola Viva de Artes Cênicas tem como objetivo a pesquisa e criação em Artes Cênicas, com cursos e atividades nas áreas de Dança e Teatro, que privilegiem a experimentação artística em processos colaborativos.

A Escola atende diretamente 100 aprendizes anualmente e, indiretamente, como público, aproximadamente 10 mil pessoas. Porém, é no caráter humanizador através de uma formação artístico cultural que se concentra sua maior relevância, por trabalhar direta e majoritariamente com a população jovem, em um tempo em que se faz necessário reafirmar o direito à vida e o respeito às diferenças, expressas também na arte e na cultura.

Antes de serem artistas, os aprendizes são estimulados a descobrir suas próprias potências e se defrontar com questões éticas, políticas, históricas e de territórios onde vivem, pensando a arte como via de acesso – em proposição transformadora – ao próprio mundo em que habitam.

Inscrições abertas:
www.guarulhos.sp.gov.br/secretarias/cultura

Author

Amante de filmes, séries, quadrinhos, action figures. Fundador e Editor chefe do Central 42.

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