O diretor Anderson Jesus da Iracema Rosa Filmes e o canal a cabo A&E lançaram no dia 02/11, “Desaparecidos”. O projeto consiste em uma produção nacional onde contará casos de pessoas desaparecidas no Brasil e o drama que as famílias vivem. A cada ano, cerca de 40 mil pessoas são dadas como desaparecidas e grande parte permanece sem solução por anos.

Desaparecidos cartaz

A cada episódio, serão abordados dois casos de famílias que apresentam o drama do desaparecimento, um deles em aberto e o outro, solucionado. Ao final, o telespectador saberá quem foi encontrado. A temporada de estreia traz 13 episódios, com 26 casos de pessoas que desapareceram sem deixar nenhuma pista para onde possa ter ido ou até mesmo sido levada. Depoimentos de policiais, investigadores, amigos e parentes, além de dramatização, mostram a luta dos familiares que nunca perdem a esperança de encontrá-los. Entre os casos que serão apresentados está o de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, desaparecida desde 2004.

Os 26 casos apresentados abrangem desde desaparecidos jovens, crianças, recém-nascidos, até pessoas com problemas psiquiátricos e idosos com Alzheimer.

“O telespectador vai se identificar com os casos e até sentir como se a situação de ter um ente desaparecido fosse com ele. Ao apresentar casos solucionados, em que as pessoas foram encontradas, a série pretende trazer um pouco de incentivo e esperança aos familiares”, completa o diretor.

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Aproveitando a estreia desta serie e da importância do tema, realizamos uma entrevista com o diretor Anderson Jesus com algumas perguntas pertinentes da nossa equipe (Danielle Masson, Raquel Luciano e Émerson Lara).

Anderson JesusComo se envolveu com esse projeto? É algo pessoal que o incentivou?

Sempre me interessei pelo tema por não conseguir imaginar como uma pessoa pode simplesmente desaparecer. O que leva uma pessoa desaparecer? Sempre imaginei que poderia ser apenas quando havia a intenção de matar e esconder o corpo. Ou seja, alguém providenciou o desaparecimento de maneira deliberada. Mas eu estava enganado, são muitas as causas de desaparecimentos e o programa fala justamente dessas causas, dos mistérios que permeiam um desaparecimento.

Houve dificuldade em contatar as famílias dos desaparecidos?

Buscamos em primeiro lugar a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro e nos autorizaram a ter acesso a alguns casos. Eles compartilham conosco as providencias que tomaram em relação aos casos conhecidos ou não e a partir daí começamos a fazer os contatos. Tivemos poucas dificuldades, mas tivemos.

Você/ou sua equipe notou uma causa (ou alguma estatística) principal para os desaparecimentos?

Os motivos são muitos. Para fugas voluntárias os principais são drogas, problemas mentais ou problemas financeiros, mas há uma infinidade de outros motivos. Ao contrário do que se pensa, e até eu pensava, uma pessoa não desaparece apenas por ser vítima de crimes. Muitas são as causas e isso foi o que mais me espantou. Portanto, a maior dificuldade é ser imparcial em relação ao sofrimento das famílias, focar apenas em mostrar o fato e trabalhar da melhor forma para que o programa seja mais uma esperança para que a pessoa seja encontrada.

O mais difícil é ser imparcial diante de tanta dor e sofrimento. Sabemos que há deficiências em todas as instâncias do nosso sistema, mas 200 mil pessoas desaparecem por ano no Brasil, uma pessoa desaparece a cada 11 minutos no pais. O número é gigantesco e os desafios para as autoridades também.

Em seu contato com vários relatos de famílias para o programa, você percebeu que as famílias sentem mais dificuldade em conviver com a dúvida do que ocorreu com o desaparecido ou saber a verdade, principalmente se foi vítima de um crime brutal ?

Com certeza sentem mais dificuldade em conviver com a dúvida. Tivemos casos de mães que preferiam encontrar o filho morto, do que continuar convivendo com a dúvida de não saber o que realmente aconteceu e onde esse filho está.

Existe impunidade nos casos de desaparecimentos, quando é provado um crime? 

Claro que sim. Porém já não é considerado desaparecimento e sim crime. Aí a delegacia especializada em cada caso é que tomará à frente.

Este programa, além de trazer todas as histórias ocorridas, terá um meio para que denúncias ou informações de casos não resolvidos possam chegar às autoridades responsáveis?

É importante se atentar para o final de cada episódio onde apresentaremos uma foto da pessoa que ainda está desaparecida e números de telefones para contato, caso alguém tenha visto a pessoa.

O que achou da estreia de “Desaparecidos”?

Fiquei maravilhado! Minha equipe estava toda comigo no dia da estreia. Impossível não ter emocionado. O resultado como programa, como serviço de utilidade pública, é o melhor. A série ficou linda, muito bem feita. O cuidado foi imenso para que essas histórias fossem contadas com o maior respeito e maior bom gosto que merece.  São pessoas, estamos lidando com o sentimento mais puro que existe, O AMOR. Amor de mãe, de pai, de irmão. E o melhor resultado será se conseguirmos encontrar ao menos uma pessoa através do nosso programa, aí sim, nossa felicidade será completa!

Não percam!!! Desaparecidos, toda segunda-feira às 23h30 no canal A&E e conheça as histórias de quem viveu isso na pele.

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Desaparecidos

Direção: Anderson Jesus
Assistentes de Direção: André Jesus e Vanessa Sudré
Produção: Vanessa Sudré, Camila Pinheiro e Lorena Prado
Roteiro: Antonio Oliveira, Anderson Jesus, Edu maranhão, Mario Mancuso e Alexandre Winck
Direção de Fotografia: Anderson Jesus e Elder Aguiar
Locução: Letícia Scarpa
Captação e Mixagem de Som: Edu Maranhão e Pedro Reis
Edição: André Jesus e Bruno Adachi
Finalização: Bruno Adachi e André Rocha
Direção de Arte: Elder Aguiar
Produção Executiva: Anderson Jesus e Vanessa Sudré
Direção Geral: Anderson Jesus
Produção: Iracema Rosa Filmes

Equipe desaparecidos

 

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Amante de filmes, séries, quadrinhos, action figures. Fundador e Editor chefe do Central 42.

2 Comments

  1. Procurando meu filho biológico ele foi levsndo do hospital por o advogado que dizia que ia da o menino para um amigo dele depois levou meu filho e deu pra o casal de francês assim,ele disse mandou eu registra com o nome de thiago ferreira da silva depois mudaram o nome do menino pra niculas jolly aqui onde eu moro apareceu uma história parecida com essa o menino chamado de niculas fortim da franca o paraibano adotado passou no g1por favor mi ajuda moro em joão pessoa paraiba

  2. Olá niculas jolly onde vc estiver eu to lhe procurando se vc estiver aqui no brasil ou fora do brasil mi fala vc e de joão pessoa paraiba vc nasceu no hospital santa isabel aqui em joão pessoa no dia 06 de setembro de 1990 vc foi registrado em bayeux.me procura pela TV cabo branco.jpb.