Stephen Strange é um neurocirurgião  muito bem sucedido, e muito arrogante. Após sofrer um acidente de carro, suas mãos Doutor Estranhoficam debilitadas e ele se torna incapaz para o trabalho. Buscando uma cura dada como impossível pela medicina tradicional, Stephen parte para Kamar-Taj ao saber de um tratamento eficaz e alternativo feito lá.

Ao descobrir a aura mística do lugar ele passa a estudar e treinar para ajudar a Anciã e seus discípulos a protegerem a Terra de forças malignas.

Doutor Estranho é um herói não muito conhecido no Brasil, eu mesma tive que fazer algumas pesquisas antes de assistir ao filme. O que é uma pena, porque o personagem é muito interessante; ao mesmo tempo pode ser favorável ao filme por gerar menos comparações por aqui.

Deixando isso claro, o roteiro me pareceu construído para apresentar Dr. Estranho àqueles que não o conheciam. Sua história é contada desde antes de se tornar mago, de forma até que rápida mas consistente, ficando bem explicado sua personalidade, seu passado e o caminho que trilhou até conhecer a Anciã. Outro ponto muito interessante da história é o multiverso e a forma como é apresentado ao público.

Inclusive, palmas para a equipe de efeitos especiais que fez um trabalho espetacular com as aberturas do multiverso e as interferências na realidade. A cidade se transformando em uma visão caleidoscópica é de deixar qualquer um maravilhado.

Gostaria de fazer um parênteses nesse momento com um aviso sério: o filme todo tem uma estética imitando caleidoscópios e muito psicodélica – o que achei incrível e lindo, mas que me deixou zonza em alguns momentos – então acredito que pessoas epilépticas, que têm convulsões e afins NÃO DEVEM ASSISTIR AO FILME, principalmente em versão 3D.

Voltando ao filme, se tudo já vinha agradando, o elenco fechou com chave de ouro.

Doutor Estranho

Benedict Cumberbatch caiu como uma luva no personagem, não consigo imaginar outro ator no papel; a forma como construiu o perfil egocêntrico e como depois semi-destruiu isso com sua derrota mostra bem como é multifacetado.

Chiwetel Ejiofor, no papel de Mordo, está contido mas deixa claro que revelará muito mais de seu personagem em uma sequência. A única personagem que deu controvérsia foi a da Anciã, parece que na história original é um homem oriental e escolheram Tilda Swinton para o papel; na minha opinião ela é um camaleão e parece nascida para personagens andróginos, mesmo assim concordo que poderia haver uma fidelização na característica oriental do personagem, mesmo que a transformassem em uma mulher.

Aliás, as interações entre Benedict Cumberbatch e Benedict Wong, que interpreta Wong, são com certeza um ótimo alívio cômico na trama, trazendo aquelas piadocas simples e que farão todos, pelo menos, esboçarem um sorriso. As interações de Christine (Rachel McAdams) com Stephen, pós magia, também são um caso a parte – mesmo em cenas supostamente sérias acabam te fazendo rir.

Como disse no princípio, talvez quem acompanhe Dr. Estranho há mais tempo veja furos na história e fique incomodado. Para quem não o conhecia é uma ótima introdução ao personagem e uma ótima porta para que ele, no futuro, talvez interaja em outros universos Marvel.

Um filme para se divertir, com uma história bem amarrada e para ficar impressionado com o visual da obra, com certeza.

Ps.: Stan Lee faz uma rápida participação no filme, fique atento!
Ps.1: No final do filme há um “mini-crédito” no estilo caleidoscópico, não saia porque tem cena extra após isso.
Ps.2: Depois vem os créditos normais, também não saia, tem outra cena extra ao final. Enfim, só saia da sala quando o segurança te expulsar, só pra garantir.

 

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Fotógrafa, publicitária, traça de livros e apaixonada por cinema.

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