Quando assistimos filmes, séries e livros o suficiente, a ficção pode guiar nossa percepção sobre o mundo, especialmente sobre o que não conhecemos. A escola é, por exemplo, retratada sempre com suas panelinhas: os nerds, os gamers, os populares, os riquinhos, a turma do coral, os excluídos etc. Apesar de existir mesmo esses pequenos universos que se cruzam em apenas num ponto em comum, a sala de aula, ninguém é definido por uma única característica. Quando fechamos os olhos para as aparências, podemos encontrar os amigos mais improváveis.

A escolha perfeita é uma produção, por exemplo, que não só retrata a reunião de pessoas muito diferentes, como une tribos de espectadores. É um filme teen sobre música, mas não só os adolescentes são fãs. Os que gostam de melodia, os que querem descontrair e, também, alguns que não sabem explicar como aconteceu, se vêem assistindo e dando risada – talvez por ser caricato, mas sem o exagero que leva ao besteirol.

A escolha perfeita 2 mantém essa característica e chega a provocar ainda mais empatia, chamando o público a liberar o lado mais extrovertido.

E é assim, provocando sorrisos e risadas que A escolha perfeita 2 fala de temas um pouco mais reais. A graduação se aproxima para a maioria das garotas e o que vem em seguida é assustador. A faculdade é para onde se vai quando se quer preparar para ser adulto, mas dificilmente alguém passa pela formatura certo do que vem em seguida.

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Na nova trama, todas amam ser uma das Bellas, mas esse é um sonho com prazo de validade. Ninguém quer que o grupo de “a capella” da faculdade seja o ponto alto de suas vidas; há muito mais a se conquistar. Além disso, como já anunciado no trailer, o fim das Bellas parece bastante próximo quando Fat Amy (Rebel Wilson) rasga as calças numa apresentação durante o aniversário presidencial. Porque não basta mostrar a bunda (e muito mais) em rede nacional, tem de ser ao vivo. Na cara do Obama.

Há muita cantoria a capella ao longo do filme, sendo a apresentação no campeonato mundial a melhor de todas. Como dizem os preconceituosos e hilários Gail (Elizabeth Banks) e John (John Michael Higgins), os comentaristas, é simples, brutal e vulnerável – especialmente porque tem algo que se liga ao filme como um todo.

Ah, e para os que não viram ainda, não saia da sala quando os créditos começarem a subir. Não se você gosta de The Voice.

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Universitária, escritora de contos presos na gaveta, nerd e "apenas uma dessas pessoas estranhas".

1 Comment

  1. pelo que eu tenho lido por ai e confirmei lendo aqui no Central 24 esse filme é Bom mesmo! vou assistir com certeza!gostei de conhecer esse site!via Longa e tenha muito sucesso nesse seu projeto!!