Jogos Vorazes - A Esperança o final cartazMais uma grande saga, que foi dos livros ao cinema, chega ao fim: Jogos Vorazes, A Esperança – O Final (porque é Hollywood e eles precisavam dividir o final em duas partes) finalmente estreou.

Esse filme sempre me pareceu complicado, porque há alguns anos eu li os livros e sabia que tinham deixado muitos momentos de intensidade concentrados nesse final. Não que as produções anteriores tenham sido de alguma forma menos complexas, mas momentos de muita emoção foram deixados para agora.

A batalha épica, mortes de personagens cativantes e escolhas muito importantes de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) estavam reservadas para este momento.

Ver o filme não foi tão diferente de ler a série: senti-me presa às cenas.

Não é igual ao livro (já havia rumores disso), mas nem por isso perde-se por assistir. As cenas foram construídas no tom certo e era perceptível que o cinema inteiro prendia a respiração ao mesmo tempo. O cenário estava muito bom, a caracterização física das personagens (desde os exageros da capital até a beleza simples do Tordo), a sonoplastia, a fotografia… incrível. Alguns problemas de continuidade, com certeza, mas os prós superaram os contras.

E a própria Jennifer Lawrence estava muito bem. Nem sempre ela vive personagens que lhe permitam certas experiências, mas ela faz o melhor com Jogos Vorazes. Em sua interpretação, lê-se Katniss claramente – e essa não é uma personagem tão fácil. Ela é uma sobrevivente, simplesmente; e aos sobreviventes caberá sempre a dura missão de encarar em cada canto uma perda diferente, e ainda sim encontrar um motivo para levantar da cama todo dia.

Jogos Vorazes - A Esperança o final

Deu para sentir a falta de Philip Seymour Hoffman, já que Plutarch Heavensbee só interage no começo. Suas falas são transmitidas por outros personagens enquanto ele mesmo aparece apenas no fundo das cenas ou em silêncio. Não se perde em termos de história, só é um pouco triste saber que ele não está realmente ali.

Agora, sobre o final. Nem todos que conheciam essa história gostavam do final, e imagino que A Esperança – O Final também sofrerá com este problema. Para não dar spoilers demais, é um pouco família Doriana sim, e confesso que não imaginava exatamente dessa forma. Mas sempre imaginei que Katniss voltaria pra casa, a única questão era quem a acompanharia.

Author

Universitária, escritora de contos presos na gaveta, nerd e "apenas uma dessas pessoas estranhas".

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