Mais um filme nacional estreando, e junto com ele, a grande estreia de Hsu Chien como diretor no longa metragem Ninguém entra ninguém sai – uma comédia deliciosa – inspirada livremente na crônica “O motel” de Luis Fernando Veríssimo.
O filme mostra o que pode acontecer quando um grupo de pessoas, que estão no motel Lázaros, o mais cobiçado da cidade, são surpreendidos por uma intervenção policial, por conta de uma temida e desconhecida virose mortal. Impedidos de deixar o local e ter qualquer contato com o mundo externo, até que se descubra o que pode ser feito, são obrigados a cumprir quarentena ali. E aí vira um grande confinamento hilário, envolvendo um ladrão de coração mole, juíza federal, piriguete doida pra casar, motoboy malandro, casal de adolescentes e uma virgem louca pra achar seu grande amor.
Agora, imagine você que, dentro de um elenco composto por comediantes – Mariana Santos, Rafael Infante, Leticia Lima, André Mattos, Paulinho Serra, entre outros – o quão delicioso para espectador é!
Ninguém entra ninguém sai é mais uma grata surpresa para o público, que não sente a hora passar enquanto os personagens vão evoluindo na trama.
Guta Stresser rouba a cena como Francisca, a faxineira do motel, em atuação voraz, dando vida a uma fervorosa e alucinada fiel ao “Senhor”, que causa alvoroço e planos estratégicos de fuga, adquirindo fiéis confinados.
É um filme gostoso de ver, com direção dinâmica e roteiro que se mantém sempre divertido.
E não posso deixar de comentar a participação de Sérgio Malandro como pai de santo, com rápida homenagem ao quadro “Porta dos Desesperados”.
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