Dez anos após a última edição em terras brasileiras, começou na sexta-feira (23 de setembro) a quarta edição do Rock in Rio.

Para quem não sabe, o festival acontece nos dias 23, 24, 25, 29 e 30 de setembro e 01 e 02 de outubro e oferece, apesar do nome, certa variedade de gêneros musicais.

Uma rápida consulta à amiga Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rock_In_Rio) mostra que o cast das edições anteriores sempre contou com algumas aberrações em meio aos nomes que realmente representam o rock. Baby do Brasil, Erasmo Carlos, Roupa Nova, Daniela Mercury, Sandy & Junior e Britney Spears podem ser utilizados como exemplo.

Após o primeiro final de semana do Rock in Rio IV, podemos dizer que rock foi o que menos rolou até agora. E detalhe: só foi aparecer pra valer no terceiro dia, domingo (25 de setembro).

Tocando no palco Sunset, tivemos grandes nomes da cena nacional. Abrindo os shows do dia, o Matanza atraiu numeroso público (cerca de 10 mil pessoas no ingrato horário das 14:40) e, em pouco mais de 40 minutos, apresentou 18 músicas de rock direto e sem frescura, incluindo sucessos como “O Chamado do Bar”, “A Arte do Insulto” e “Bom é Quando Faz Mal”. Segundo a MTV Brasil, foi o show que mais empolgou nesse palco até o momento.

O Korzus fez um bom trabalho e o Angra foi extremamente prejudicado por problemas técnicos num show que tinha tudo para ser épico com a participação da ex-vocalista do Nightwish, Tarja Turunen. O Sepultura fez um bom show, que empolgou bastante.

No palco Mundo, os desconhecidos e que não empolgaram ninguém Glória e Coheed and Cambria vieram antes do incansável e imbatível Motörhead. Num show de aproximadamente uma hora, Lemmy, Phil e Mikkey massacraram os ouvidos do público com um set list recheado de clássicos obrigatórios como “Ace of Spades”, “Iron Fist” e “Overkill”, esta última contando com a participação do guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser. O set list foi muito parecido com o já apresentado nos shows que a banda fez por aqui em abril, mas quem se importa?

Em seguida vieram os mascarados (literalmente) do Slipknot. O som deles não me agrada nem um pouco, mas o show foi muito bom, com muita energia e agitação.

Porém, o melhor mesmo ainda estava por vir. Como que para mostrar o que é rock de verdade, ou como se faz um show de rock de verdade, Metallica subiu ao palco e pelas duas horas seguintes desfilou clássico após clássico em performances tão perfeitas que fazem a Katy Perry e a Rihanna terem vergonha de dizer que são cantoras!

A dobradinha “One” + “Master of Puppets” e “Orion”, tocada em homenagem ao antigo baixista Cliff Burton, falecido há 25 anos, merecem destaque.

Metallica foi sem dúvida o melhor show neste primeiro final de semana, e muito provavelmente o melhor do festival todo, por que quem vai ser capaz de superá-los? Coldplay? Skank? Evanescence? Ivete Sangalo? Jamiroquai? DUVIDO!

 

E vocês, roqueiros leitores da Central 42, estão acompanhando o Rock in Rio? O que acharam desse primeiro fim de semana de festival? Deixem suas considerações!

 

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