Estamos vivenciando um momento de retrocesso tecnológico causado pela futura limitação de banda larga.

limite banda largaA tecnologia de áudio e vídeo, para filmes e seriados, chegou ao patamar da qualidade de imagem 4K e som Dolby Atmos. Muitos ainda questionam o processo do streaming acabar com a mídia física, mas esse assunto não é para o momento.

O streaming de vídeo, realizado por várias empresas como Netflix, HBO Go, Crackle, Telecine Play, Muu, Now, Google Play, pode estar com seus dias contados no Brasil. Quem vai querer assistir filmes ou séries e acabar com sua franquia de dados? Quem vai usar esse serviço com qualidade FullHD ou, até mesmo, 4K?

E falando nessa qualidade, para que precisamos comprar equipamentos, que nos oferecem tal tecnologia se não podemos usá-la? E equipamentos como tevês de Led, UltraHd e etc. tornam-se dispensáveis, bem como dispositivos de áudio que trazem o melhor do som Dolby, DTS, padrão THX e por aí vai.

O futuro mostrou que a internet chegou para trazer mais informações com excelente qualidade. Consumimos vídeos do YOUTUBE, por exemplo, como se não houvesse amanhã. Muitos conseguiram criar canais que trazem informação, entretenimento, cultura, educação, por termos uma internet que permite tal coisa.

E no que falar de música? O Spotify, o Apple Music, Tidal, Deezer, entre outros que oferecem uma maneira nova de termos música e conhecer outros artistas, de uma maneira sem pirataria. O sonho de toda a gravadora.

E sabe aqueles vários blogues que começaram a despontar, trazendo variados assuntos e seus podcasts, que são milhares e fazem parte do dia-a-dia de muitos? Então… tem seus dias contados também.

E os games? O modo online já era. Não dá pra ficar horas em uma partida, disputa, luta e tantos outros tipos de games sem “queimar” sua franquia de banda larga.

Lembrando que não precisamos mais comprar mídias dos nossos softwares. Tudo pode ser feito online. Precisávamos. Acho que é melhor repensar sobre as mídias e no encarecimento do produto, que o online nos permitia uma redução de preço.

Recebemos e-mails. Pagamos nossas contas em serviços bancários online. Baixamos livros, quadrinhos. Temos acesso a informação em qualquer parte do mundo. Isso tudo consome banda e não é pouca.

A Anatel, que deveria estar do lado do consumidor, diz que essa mudança é benéfica. limite bandaTento entender no que eles se apoiam para argumentar isso. Querem comparar os usuários que usam muitos dados contra os que usam poucos. Mas é só olhar para tudo o que temos hoje em tecnologia para ver que o consumidor, que assinou 10M de velocidade ou 200M, irá sair perdendo.

É complicado dizer que as operadoras, que fazem campanha para essa mudança, estão nessa para combater os streamings de vídeos como o Netflix, já que seus canais por assinatura tenderam a sofrer queda. Quem sou eu pra falar isso, mas a ideia passada acaba sendo essa.

Quem vai sair perdendo mesmo é o consumidor, pra variar. Já pagamos por um serviço de banda larga caro comparado a outros países e, agora, mais ainda com a limitação de banda. Somado com a possibilidade de comprar pacotes adicionais para voltar a usar a internet quando a franquia acabar no mês.

Como disse no começo, essa limitação é um retrocesso tecnológico levando-nos aos tempos de internet discada.

Nosso Brasil não é mais o país do futuro, mas do passado.

PETIÇÃO Contra o Limite na Franquia de Dados na Banda Larga Fixa

 

“Esta mudança é ilegal e não trará benefícios para o usuário. De acordo com Maria Inês, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.

De acordo com a coordenadora, o Marco Civil da Internet deixa claro que uma companhia de telecomunicações só pode impedir o acesso de um cliente à internet se este deixar de pagar a conta. Para ela, as operadoras estão aproveitando uma brecha na legislação – que proíbe explicitamente o modo de cobrança por franquia – para “obrigar” o consumidor a pagar mais caro por um plano com um limite maior, mesmo que a qualidade da conexão ainda deixe a desejar em termos de estabilidade e velocidade.

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QUEREM ACABAR COM A NOSSA INTERNET!, por Tatiana Trindade

Author

Amante de filmes, séries, quadrinhos, action figures. Fundador e Editor chefe do Central 42.

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