Tirando John Woo, suas motos voadoras e aquelas pombas passeando em câmera lenta, não há como negar que Tom Cruise tem cuidado muito bem da franquia de filmes adaptados da famosa série de TV, e Missão: Impossível – Protocolo Fantasma só confirma mais ainda isso.

Mas outra coisa vem logo à mente, a vontade do astro/produtor de (depois de Woo, quase como se tentasse recolocar tudo de volta nos eixos) tentar algo novo, e nada mais novo que Brad Bird para deixar isso mais claro ainda.

Assim como no filme anterior acreditou em J.J. Abrams, na época ainda recém-saído da TV (ficando na produção), Cruise agora dá “seu filme” para Bird, famoso por suas animações (Gigante de Aço, Ratattouile e Os Incríveis) e que agora tem a oportunidade de mostrar que cinema é cinema, com ou sem personagens gerados por computador. E se Bird já fazia bonito quando o assunto era aventura, agora tem a oportunidade de dar um salto maior ainda.

Missão: Impossível – Protocolo Fantasma começa com essa espécie de prólogo, onde um dos agentes da IMF (Josh Holloway, de Lost) é pego em uma emboscada. Logo as atenções se voltam para o protagonista Ethan Hunt (Cruise) sendo ajudado por outro grupo de agentes a fugir de uma cadeia em Budapeste, tudo para descobrir que um terrorista de codinome “Cobalto” (Michael Myqvist) está tramando um atentado nuclear e só ele pode impedi-lo de conseguir isso.

Mas é ai que entra o simples e firme roteiro de John Appelbaum e André Nemec, assim como a vontade de Brad Bird de estar dentro da série de TV, e não só em uma simples adaptação. Durante todo primeiro ato do filme (extremamente bem construído para suportar todo resto da trama) a ação gira em torno dessa tentativa, essa primeira “missão impossível” de não deixar que o terrorista consiga fugir do Kremlin (sede do governo Russo) com um mecanismo de ativação de um míssil nuclear.

Frenético e coerente (duas coisas que não convivem muito bem em Hollywood) Missão: Impossível – Protocolo Fantasma satisfaz seu público, seja fã ou espectador de primeira viagem (esse segundo, muito provavelmente, logo se tornando o primeiro). Mostra que sua simplicidade narrativa e objetividade fazem um bem enorme para série e demonstra que ela ainda pode render bons frutos se continuar nessa procura por diretores afim de novidade e diversão.

http://www.youtube.com/watch?v=yxV8YyE4hrM

Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol)

Sinopse: Acusado pelo bombardeio terrorista ao Kremlin, o agente da IMF Ethan Hunt é desautorizado junto com o resto da agência quando o Presidente dá início ao “Protocolo Fantasma”. Deixado sem qualquer recurso ou apoio, Ethan tem que encontrar uma maneira de limpar o nome de sua agência e prevenir um outro ataque. Para complicar ainda mais as coisas, Ethan é forçado a assumir esta missão com uma equipe de colegas fugitivos da IMF cujos motivos pessoais ele não conhece completamente.
Direção: Brad Bird
Elenco: Jeremy Renner, Paula Patton, Tom Cruise, Jonathan Rhys Meyers, Simon Pegg, Ving Rhames, Vladimir Mashkov, Léa Seydoux, Michael Nyqviste, Anil Kapoor
Gênero: Ação
Duração: 133 min.
Distribuidora: Paramount Pictures
 
* Curto e Grosso é a sessão da Central 42 dos reviews de filmes e séries, apresentados de uma maneira rápida, direta e sem muito blá blá blá.
 
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1 Comment

  1. Hmmm… Não curto essa franquia. Pra mim ela piora a cada episódio. A ponto de eu nem querer assistir esse quarto. Quanto a John Woo, deveriam tê-lo deixado dar pitacos no roteiro também. "Fervura Máxima", "A Outra Face" e "A Última Ameaça" mostram o verdadeiro valor e o talento desse cineasta que, com certeza, deve ter se sentido tolhido por só fazer o que sabe fazer melhor nos minutos finais do MI 3.
    Ah, e o nome do desenho animado de Brad Bird é "O Gigante de FERRO". Acho que o resenhista se confundiu com o recente filme estrelado por Hugh Jackman. 🙂