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Categoria: Literatura Estrangeira / Romance
Páginas: 150
Média de preço: 32,90.    “A gente sempre conta mentiras.    Por exemplo, sei perfeitamente que não sou bonita. Não tenho olhos azuis em que os homens  se contemplem; em que tenham vontade de se afogar para que a gente mergulhe e os salve. Não tenho corpo de manequim; sou do tipo cheinha,  gordinha , pronto. A que ocupa um lugar e meio. Os braços de um homem de compleição mediana não conseguem enlaçar completamente o meu corpo. Não tenho graça daquelas a quem eles murmuram longas frases, com suspiros à guisa de pontuação; não. Atraio antes a frase curta. A fórmula brutal. O osso do desejo, sem invólucro; sem gordura confortável.    Sei tudo isso.
……….
Uma vez, ele me disse que eu era bonita. Isso faz mais de vinte anos, e eu tinha pouco mais de vinte anos. Estava elegante, vestido azul, cinto dourado imitando Dior; ele queria fazer amor comigo. Seu elogio tinha um motivo; as minhas belas roupas.
    Estão vendo, a gente sempre conta mentiras. Porque o amor não resistiria à verdade.”

Com um sucesso de vendas ocupando um ano na lista dos mais vendidos na França, e com criticas tão positivas (“Delacourt cria uma história louca e intensa sobre o amor e o acaso. Um livro luminoso.” Marie Claire, “Um livro costurado com fios de ouro” – Le Figaro), o livro de Grégoire Delacourt lançado no Brasil com o selo Alfaguara da Editora Objetiva será lançado em mais 18 países. Grégoire Delacourt nasceu em Valenciennes, na França, em 1960. É Publicitário e em 2011 publicou seu primeiro romance, L’écrivain de La famille, com grande repercussão, no ano seguinte, publicou na França , A lista dos meus desejos.

O livro conta a história de Jocelyne Guebertte, uma mulher de 47 anos que vive numa pequena cidade francesa e divide seu tempo entre o trabalho no armarinho e a vida pacata com o marido. Tudo muda quando ela decide jogar na loteria, e sozinha, ganha 18 milhões de euros.

Jocelyne é casada com Jo, e no seguinte trecho ela descreve um pouco de seu marido, e sobre a sua família:

“ Jo é Jocelyn . Meu marido há vinte e um anos.É parecido com Venantino Venantini, galã que fazia Mickey o gago em O trouxa, e Pascal o vilão em O testamento de um gângster. Maxilar enérgico, olhar triste, sotaque italiano sedutor, sol, pele dourada, arrulhos na voz capazes de arrepiar uma galinha, com a ressalva de que, no meu caso, o meu Jocelyno Jocelyni tem dez quilos a mais e um sotaque longe de aturdir garotas. Ele trabalha na Hãagen-Dazs desde a abertura da fabrica, em 1990. Ganha dois mil e quatrocentos euros por mês. Sonha com um televisor tela plana para substituir o nosso velho Radiola. Com um Porsche Cayenne. Com uma Lareira na sala. Com a coleção completa do James Bond em DVD. Com um relógio Seiko. E com uma mulher mais bonita e jovem do que eu: mas isso ele não me diz. Temos dois filhos. Três, na verdade. Um menino, uma menina, e um cadáver.

Um livro direto, verdadeiro, profundo e emocionante, e mostra como a vida da personagem muda de maneira drástica. Certamente as leitoras de María Dueñas ( O tempo entre costuras)  vão se apaixonar por Jocelyne, ou então quem aprecia uma boa história! E se você tivesse dinheiro para mudar sua vida o que você faria? Qual é a lista dos seus desejos?

Boa Leitura!

 

Author

Ator, Livreiro, Geek, Gamer, Artesão, Escritor nas horas vagas, Vlogger, Blogueiro, Cozinheiro, Macumbeiro, Origamista... Basicamente passo meus dias entre livros e jogos, sempre ligado nas novidades da literatura fantástica e romances policiais, capricorniano com ascendencia em escorpião... é.. bem diferente mesmo!

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