WarcraftEntão, lá fui eu ver esse filme – Warcraft: O primeiro encontro de dois mundos. Não fiz muito a lição de casa, não; nunca joguei nem nada. Simplesmente gostei do trailer e resolvi me jogar. Achei os orcs bonitinhos e tem toda aquela cara de épico super mega blaster, com o encontro de dois mundos (que pra mim vai ter sempre uma associação com colônia x colonizador) e falei pra mim mesma: “hei, pode ser muito top”.

Assim eu cheguei ao cinema – cheio de crianças e, devo dizer, ninguém interrompeu o filme pra chorar nem pra gritar e apontar para a tela para pedir explicação para os pais. Só isso já foi uma surpresa bem bacana (nada contra crianças no cinema, até porque, eu não teria vivido tanto essa situação dos gritos se não gostasse de filme infantil como gosto, é só que às vezes seu filho fala alto. Tipo, muito. Tipo, eu perco parte do diálogo. Não é um dos meus momentos favoritos da experiência, sabe?).

Mas, voltando… daí sentei na cadeira e começou a abertura. Umas 2h depois saí da sala com a sensação de que eu não estava preparada para Warcraft – o primeiro encontro de dois mundos.

É provavelmente aqui que quem conhecia o assunto vai me julgar (mais ainda). Então, se forem puritanos, façam o favor de pararem agora a leitura. Isso porque eu fui pro filme crente que ia decidir um lado: orcs ou humanos. Que cada lado teria um herói só pra dar uma representada na situação, que eu simpatizaria imediatamente com um deles e torceria até o final (falemos depois sobre o final, ok?). Que haveria uma batalha relativamente impressionante e esse seria o fim. Só que não foi isso. Foi muito mais louco que isso. Não louco “super legal”, “louco” porque é previsível mas não desse jeito. Derrubou as expectativas que eu tinha antes de ver – lembrando que sou uma não-gamer, tá.

Pra começar que tem vários heróis, de todos os lados: tem toda aquela pegada altruísta do cara que se doa pelo seu povo (aliás, tem mais de um cara que faz isso), o herói problemático que sofreu no passado, sofre no presente e vai sofrer no futuro (porque tem de haver um trouxa que apanha da vida), o jovem indeciso mas inteligente e capaz que consegue fazer até de quem não gostava dele um aliado (ele simplesmente está do lado do Bem, oras, que fazer?!) e tem a moça que também apanhou da vida mas que ainda assim não se tornou amarga, nem nada (ela só quer ser aceita em algum lugar no mundo). Será que eu esqueci alguém? Sério, é bastante informação. E essa galera toda está divida entre a horda de orcs e os humanos.

Warcraft

Também não tem lado bom ou ruim, tem apenas líderes bons e ruins e gente possuída pela magia o suficiente para transformar-se em demônios, dos dois lados. E, claro, dos dois lados, quem conhece a verdade teme e quer derrotar os tais demônios.

De novo: achei os orcs bem bonitinhos, de um jeitinho troglodita. É como se eles fossem primos de segundo grau grandalhões, daquele tipo “valentão”, que tem “bullying” escrito na testa. Alguns deles são verdes mas, de novo, achei simpático. O universo é muito bem feito, ficou bom de verdade. Gostei também da caracterização que foi feita sem efeitos; mais no trabalho manual mesmo. Lá para o fim do filme rola uma máscara bem legal no Guardião. Achei bacana.

Quanto a história… não posso dizer que gostei ou foi interessante. Não chamou minha atenção. Ah, e o final do filme não é bem um final porque, claro, o nome é Warcraft – o primeiro encontro de dois mundos; não tem uma resolução para nada. Apenas são colocadas as peças iniciais no tabuleiro. Bem no fim, você tem a sensação de que a história vai começar. Daí sobem os créditos.

E, basicamente, foi isso. Falei, falei e não falei nada, né? Acho que nem dei spoiler dessa vez. Isso porque realmente não me chamou muita atenção mesmo. Foi uma experiência bem média para mim no quesito “trama”, provavelmente porque eu não jogo. Não sei. Mas, talvez se você goste de Warcraft, seja ótimo.

Author

Universitária, escritora de contos presos na gaveta, nerd e "apenas uma dessas pessoas estranhas".

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